Espiritismo x Espiritualismo
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“Espiritismo” e “Espiritualismo” são termos que frequentemente geram confusão, mas referem-se a conceitos distintos.
A diferença entre Espiritismo e Espiritualismo é uma dúvida recorrente principalmente no meio religioso, inclusive pela falta de conhecimento de suas próprias bases filosóficas.
O termo Espiritismo foi criado para o distinguir do Espiritualismo, que apesar de terem suas semelhanças, não são a mesma coisa.
Allan Kardec, no Livro dos Espíritos, diz o seguinte: “Para as coisas novas necessitamos de palavras novas, pois assim o exige a clareza de linguagem, para evitarmos a confusão inerente aos múltiplos sentidos dos próprios vocábulos.“
Espiritualismo é o oposto do Materialismo. Isso significa que o espiritualista acredita em algo além da matéria, o elemento espiritual. Essa crença engloba todas as religiões, mas isso não significa que estas acreditem nos espíritos e em suas manifestações e/ou comunicações com o mundo físico. Tem um significado amplo, abrangendo o católico, protestante, judeu, umbandista, candomblecista etc.
Já o adepto do materialismo, crê em um universo criado pelo acaso (explicado pelas leis das ciências exatas) e o ser humano constituído somente pela matéria, nada além disso. Raciocínios, memórias, sentimentos, emoções… tudo isso seria reações físico-químicos do sistema nervoso. Não existe vida – ou sua continuação – após a morte.
Doutrina filosófica e também Espiritualista, o Espiritismo, cujo os adeptos são Espíritas ou Espiritistas, se definem e se diferenciam bem em características especificas, como: a crença na reencarnação, manutenção da individualidade do Espírito e sua responsabilidade, pluralidade dos mundos habitados, crença na comunicação dos Espíritos e suas manifestações…
O raciocínio de muitos que ainda não tiveram a oportunidade de conhecer a Doutrina Espírita é o seguinte: se existem espíritos se manifestando e/ou se comunicando, supõem-se de que se trata de Espiritismo. E não é bem assim.
O que caracteriza essencialmente o Espiritismo não são os fenômenos em si, mas a base científica como fundamento e estudos sistemáticos, principalmente das obras básicas de Allan Kardec, que é bom sempre frisar que ele foi o codificador, organizador e propagador, e não o criador do Espiritismo.
A Doutrina Espírita instrui que somente os espíritos mais evoluídos podem dar orientações, e que todos nós, encarnados ou desencarnados, estamos sempre em processo de aprendizado em busca da evolução.
Em resumo…
Todo Espírita é Espiritualista, mas nem todo Espiritualista é Espírita!
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